Estudos Coreanos, Sextou na Ásia

#SextouNaÁsia| K-dramas vs. Realidade: o efeito True Beauty

Por Yasmim Carneiro

Que a potência mundial sul-coreana sabe entreter os mais diversos públicos – seja com música, cinema ou séries -, não é novidade. Hoje, diversos segmentos do entretenimento coreano ocupam os topos das paradas de sucesso, como é o caso do grupo de pop sul-coreano BTS, que fez grande barulho na indústria fonográfica, com constantes recordes nas paradas musicais do mundo todo, ou dos filmes Parasita (2019) e Minari (2020), que causaram grande comoção no setor cinematográfico, tornando-se premiados e aclamados mundialmente, ambos ganhando, inclusive, o Oscar, a maior premiação de produções audiovisuais do mundo.  Além disso, a Coreia do Sul também se destaca na área dos jogos virtuais, com a equipe T1, a tricampeã mundial de League of Legends. Dentre tantos outros méritos, o país possui uma crescente atrativa: os k-dramas ou “doramas” como são popularmente e erroneamente chamados.

O termo “dorama” é a forma que a fonética japonesa encontrou para se referir aos dramas norte-americanos. O elemento se tornou popular e propagado ao redor do globo com ajuda de plataformas de streaming, como a Netflix. Contudo, com o passar do tempo, a generalização se tornou um problema. Pelo menos é isso que defende Mayara Araújo, pesquisadora de cultura do MidiÁsia na Universidade Federal Fluminense (UFF). Ela conta que “dorama” pode não ser tão adequado “por uma questão geopolítica da Ásia”, pois quando outros países começaram a emular o formato japonês, houve o peso do caráter nacional em cada produção. K-dramas é um gênero que pode ser chamado ‘drama’ ou ‘novela coreana’. O prefixo ‘k’ faz alusão à Coreia, que vem da forma com que é escrito o nome do país na língua inglesa, contadas em formato episódico e exibidos semanalmente na televisão coreana. Doramas são a denominação das séries japonesas.

 Os K-dramas podem ter uma fórmula semelhante ao que vemos nos chineses, mas há grande diferença do cenário cultural das séries. Para Araújo, as séries coreanas têm mais fácil aceitação no Brasil do que as japonesas, por exemplo, por terem mais semelhanças culturais conosco. “Essa linguagem híbrida [de misturar gêneros] que a Coreia do Sul usa, acaba funcionando melhor do que uma linguagem mais específica, como a do Japão – e isso é mais atrativo para a Netflix”. Araújo. Por que as produções asiáticas crescem na Netflix brasileira? Disponível em: https://bitniks.com.br/por-que-os-doramas-crescem-na-netflix-brasileira/. Acesso em: 15 de novembro de 2021.

O que podemos chamar de novelas sul-coreanas possuem grande poder de influência na “venda” cultural, segundo o Ministério de Turismo na Coreia do Sul, em 2019, levou mais de 2,1 milhões de turistas ao país motivados pelo consumo da cultura pop. 

A popularidade dessas novelas vem crescendo entre os brasileiros nos últimos anos, e esse aumento do consumo dos K-dramas faz com que mais pessoas se interessem pela cultura e por conhecer os cenários que abrigam suas histórias favoritas. Uma pesquisa de mercado da Organização de Turismo da Coreia do Sul, referente ao ano de 2019, mostra que o K-pop e os K-dramas despontam como os mais fortes impactos do Hallyu (onda cultural sul-coreana) entre estrangeiros. Segundo o levantamento, 86,8% dos turistas entrevistados mostraram que a preferência pelo K-Pop e K-dramas influenciou a decisão de visitar o país. 

Em resposta a isso, em 2019, segundo a Organização, houve uma entrada de mais 17.503.000 turistas no país – quase 4 vezes mais que o registrado em 2003, quando o cenário do Hallyu ainda era incipiente. Em 2018, o último ano divulgado pelo Ministério da Cultura e Turismo sul-coreano, foi de 19.700.000. Em resposta a isso, no ano de 2019, o governo sul-coreano investiu 1,69 trilhão de wons (o equivalente a R $7,64 bilhões) para “fomentar a criatividade local e impulsionar as vendas globais de conteúdo cultural coreano”, como demonstrou uma reportagem do Korea Times em março de 2020. 

A prova de influência e poder dos produtos coreanos é inegável, suas séries e filmes, principalmente de romance, têm criado uma imagem singular do país pelo mundo. Sua cultura e sua população são retratadas nas telas, muitas vezes, de forma bela, educada e eufemística, porém isso não é uma regra. Há também k-dramas que, aproveitando sua popularidade, trazem críticas sociais em seu enredo e possuem uma trama um pouco mais sombria por retratar uma parte dolorosa, triste e marginalizada da Coreia já que, por muito tempo, tal realidade foi maquiada a fim de ser apresentada ao mundo de forma atrativa como uma nação idealizada que se ergueu incorruptivelmente.

Nesse sentido, o que podemos entender por “efeito True Beauty”? “True Beauty” é um k-drama estreado em 2021, baseado em um webtoon de mesmo nome. A história aborda a vida de uma garota do ensino médio, Im Ju-gyeong (Moon Ga-young), que alcançou a fama de garota bonita depois de dominar a arte da maquiagem no YouTube. Ela se transforma em uma “deusa” por causa de suas habilidades com a maquiagem, mas prefere morrer a revelar seu rosto despido para alguém. Em suma, o efeito se trata de uma imagem “melhorada” ou “mais bonita” criada com a intenção de ser mais atrativa para os que a veem, a fim de omitir a realidade por trás. 

Este artigo irá trazer dois k-dramas que mostram cruas verdades em suas tramas, para discussão. O primeiro é um dos fenômenos de audiência dentro e fora da Coreia no ano de 2021: “Mouse“. O protagonista, Jeong Ba-reum (Lee Seung-gi), um jovem policial local, e Gomu-chi (Lee Hee-joon), um detetive sem lei que perdeu seus pais para um assassino quando criança, correm em busca de vingança.

Trata-se de uma história perspicaz, baseada em uma pergunta: “E se pudéssemos antecipar os passos de um psicopata? Antes mesmo de seu nascimento?”. É um questionamento de fato interessante, que faz com que o governo debata a possibilidade de incentivo ou de negação da iniciativa que tornou o gene psicopata detectável. Paralelamente, na realidade, em 1° de janeiro de 2021, o aborto foi descriminalizado. Diante da lei antes vigente, de 1953, que impossibilitava o ato, a Coreia do Sul declarou que proibir o aborto no país é inconstitucional. Por 7 votos a 2, o Tribunal Constitucional do país decidiu mudar a legislação, porém, apesar da lei de 1953, quase ninguém era processado por abortar ou por realizar o procedimento, mas diversas associações exigem a legalização do aborto e alegam, entre outros motivos, que as mulheres com poucos recursos são obrigadas a realizar o procedimento em locais em péssimas condições. Segundo os dados do Ministério da Saúde sul-coreano, apenas oito novos casos de aborto ilegal foram processados em 2017 — menos dos que os 24 de 2016, mostram dados judiciais, segundo a Reuters. Uma pesquisa realizada pela consultoria Realmeter mostrou que mais de 58% dos sul-coreanos eram favoráveis ao fim da proibição, mas pouco mais de 30% queriam que ela fosse mantida. Em 2017, foram pouco menos de 50 mil estimados no país — abaixo dos mais de 300 mil em 2005 e quase 170 mil em 2010, de acordo com o Instituto Coreano da Saúde e Assuntos Sociais.

No drama, duas mães descobrem terem o gene psicopata e têm a possibilidade de abortar ou permanecer com as crianças, com a premissa de que uma está gerando um psicopata em seu ventre e a outra, possivelmente, não. A trama se desenvolve com vários assassinatos causados por um assassino calculista e cruel, um monstro. Ninguém sabe seu rosto, mas todos o temem. O terror vem à tona e cabe ao doce e gentil Jeong Ba Reum e ao lendário policial Gomu Chi, desvendar quem está por trás de tamanho horror. Quanto ao assunto político do aborto na história, a ciência e crença materna de proteção serão constantemente questionados, de forma que uma questão paira do inicio ao fim, não muito diferente da realidade: “Uma vida pela outra ou por muitos: vale a pena mesmo? Isso é justo de verdade?”.

Seguindo, falaremos de “Taxi Driver” (2021), o número 1 na audiência da tv sul-coreana, baseado no webtoon de mesmo nome, Do Gi viveu mais honestamente do que qualquer outro oficial das Forças Especiais. Mas, quando um assassino em série mata sua mãe, ele passa a viver seus dias em agonia. Injustiçado e abalado, Do Gi conhece Jang Sung Chul, que o recruta para trabalhar em sua empresa, Táxi Arco-íris. Longe de ser um serviço de táxi comum, a Táxi Arco-íris é uma organização secreta que vinga as vítimas que a lei não protegeu. 

O k-drama tem uma roupagem bastante interessante, pois trata de assassinatos sem resolução, o luto das famílias das vítimas, a invisibilidade delas e, diante de tudo disso, o sentimento de vingança que pode vir a surgir, de forma geral são de fato assuntos bem pertinentes e necessários para a sociedade coreana, e a própria reconheceu o fato e aceitou a história muito bem. Tanto que, em 16 de abril, o drama continuou com sucesso sua sequência de aumentar sua audiência a cada episódio. De acordo com a Nielsen Coreia, o terceiro episódio de ‘Taxi Driver’ teve avaliações médias nacionais de 9,8% e 13,6% para suas duas partes, marcando um novo recorde pessoal para a série. 

Com a premissa de abordar o estado em que as famílias das vítimas ficam posteriormente aos incidentes, vingança para elas é a maior ênfase da trama, porém, iremos focar em um dos casos da história que a Taxi Arco-Íris trabalha, onde uma jovem sofre com pornografia de vingança por seu namorado e é vítima de cyberbullying sexual, o que a leva a dar um fim em sua vida. E, por mais triste e revoltante que seja na história, não foge muito da realidade das sul-coreanas. Na verdade, infelizmente, se trata de algo muito normal no dia a dia do país.

Recentemente, Goo Hara, ex-integrante do grupo Kara, voltou às manchetes, não por suas músicas, mas por causa de uma história escandalosa. A cantora denunciou que seu namorado, de sobrenome Choi, ameaçou vazar vídeos íntimos dos dois. A denúncia gerou uma comoção na Coreia do Sul e as pessoas começaram a debater se as medidas de proteção às vítimas são eficientes. 

Após a denúncia de Hara, mais de 230.000 pessoas assinaram uma petição no site da presidência, pedindo para o que o governo tomasse medidas mais duras no combate à chamada “pornografia de vingança”, ou revenge porn. Isso ilustra a preocupação das mulheres coreanas quanto à falta de apoio legal ou de políticas que possam as amparar, caso seus vídeos íntimos sejam divulgados. Protestos contra o “pornô de vingança” e filmagens escondidas, feitas em banheiros e quartos de motel – uma prática conhecida localmente como “molka” (a palavra é a contração das palavras “câmera” e “secreta” em coreano) – chegaram a levar 70 mil mulheres do país às ruas de uma só vez, em novembro de 2018. 

A prisão de um homem com mais de 20 mil vídeos armazenados em sua casa – muitos de menores de idade – escancarou o problema. A pornografia sempre foi ilegal na Coreia do Sul, e esse é um dos fatores que tornaram a molka tão popular no começo dos anos 2000, e esse é um dos fatores que, conforme explicou à Agência Efe, Park Soo-hyun, diretora da ONG Violência Sexual Digital (DSO), tornou a molka tão popular no começo dos anos 2000. A proliferação dos smartphones, o fato de a Coreia do Sul ter a internet mais veloz do planeta e o baixo custo de câmeras fotográficas tornou mais fácil a camuflagem e levou ao novo apogeu do fenômeno.

A febre de vídeos íntimos distribuídos – e às vezes gravados – sem o consentimento são circulados abertamente por sites do país. Os portais que exibem esses materiais reúnem vídeos sexuais postados a partir de imagens roubadas, feitas com dispositivos escondidos ou mediante poderosas lentes profissionais que espiam as vítimas na intimidade de suas casas. 

“Câmeras escondidas gravam mulheres, e às vezes homens, se despindo, indo ao banheiro, em academias e piscinas, ou experimentando roupas em lojas. Os vídeos são então publicados em sites pornográficos na internet”, explica a correspondente da BBC em Seul, Laura Bicker, ao fazer uma análise sobre o tema. Em um caso envolvendo hotéis, as autoridades prenderam dois homens acusados de gravar secretamente cerca de 1,6 mil hóspedes e vender o material online – outras duas pessoas estão sendo investigadas. Os acusados ganharam supostamente US$ 6,2 mil e, se forem considerados culpados, podem ser condenados a cumprir até 10 anos de prisão e pagar multa de 30 milhões de wons (cerca de US$ 100 mil).   

Os acusados ​​usavam câmeras muito pequenas, com lentes de um milímetro, para evitar que fossem descobertas. Elas foram instaladas em agosto do ano passado, em quartos de 30 hotéis de dez cidades do país, segundo informou a polícia à BBC. Meses depois, em novembro, os responsáveis ​​pelo esquema criaram um site que oferecia aos usuários assistir a transmissões ao vivo do que estava acontecendo nos quartos do hotel, afirmou a agência sul-coreana Yonhap. De acordo com a polícia, os acusados conseguiram assinaturas – e chegaram a vender 803 vídeos. 

Um dos principais problemas é como esses crimes são definidos pela lei. O Artigo 14 da Ato de Punição à Violência Sexual diz que é crime filmar/distribuir/etc., “parte do corpo de outra pessoa que possa induzir ao desejo sexual ou humilhação.” Um dos problemas, conforme apontado pela Associação Coreana de Advogadas (ACA), é que a interpretação legal do que causa estímulo sexual ou vergonha é inconsistente. De acordo com pesquisadores, muitos casos são rejeitados pela polícia, porque as filmagens parecem ser inocentes, já que as vítimas estão vestidas, mas ignoram que elas podem ser editadas para que sejam consumidas como pornografia.

Além disso, a lei não vê como crime tirar fotos de uma tela exibindo o corpo de outra pessoa, e estudiosos dizem que essa não é a única falha no sistema que tem sido explorada pelos criminosos. Lee Soojung é professora de psicologia criminal da Universidade de Kyonggi e, de acordo com ela, muitos homens não são punidos por crimes sexuais, mas por outras ofensas – como a divulgação de pornografia – que têm consequências mais brandas. 

Outro grande problema é como sumir com os materiais. O Centro Coreano de Resposta à Violência Sexual Online (CCRVSO) – um grupo ativista que dá conselhos às vítimas – diz que, uma vez online, o material não pode ser completamente removido. Antigamente, as mulheres procuravam por firmas privadas para a remoção – as chamadas Lavanderias Digitais – que cobravam uma taxa, criando uma nova indústria lucrativa. Entretanto, agora os mesmos serviços são oferecidos por uma força policial, de forma gratuita. Porém, os ativistas dizem que esse serviço não é 100% efetivo.

“Até mesmo organizações poderosas, como a polícia ou a Comissão Coreana de Comunicação, podem só pedir para que os materiais sejam removidos. Os que foram salvos por alguém, seja em um HD, USB ou na nuvem, não podem ser traçados ou deletados”, diz a organização. Apesar do governo ter anunciado que exercerá o “direito de indenização” e fará com que os criminosos cubram os custos da remoção, a CCRVSO diz que isso não é suficiente. São necessárias medidas preventivas, como a aplicação de um sistema de filtros avançados em sites onde tais materiais são postados.

“Sites de compartilhamento afirmam que é impossível classificar toda a pornografia, mas é possível se aplicarem o programa de filtros correto”, diz a organização. “Mesmo se alguém burlar o filtro, os operadores podem remover o material quase que completamente se tiverem alguém trabalhando 8h por dia.” A organização ainda completa dizendo que, enquanto não houver punições efetivas para os que compartilham, fazem upload e consomem tais materiais abusivos, os esforços serão sempre em vão.

No mês de novembro de 2020, o ministro de Justiça da Coreia do Sul, Park Sang-ki, teve que se pronunciar publicamente depois que uma petição online do site da presidência somou mais de 200 mil assinaturas, em apenas três dias, para solicitar o endurecimento das penas contra quem distribui e grava esse tipo de conteúdo sem permissão. A campanha online foi precedida por várias manifestações estimuladas pela força do movimento #MeToo, e chegaram a ter a adesão de mais de 20 mil sul-coreanas em Seul, sendo considerado o maior protesto feminino na história do país. Na ocasião, as participantes deixaram claro que estão cansadas de terem que se preocupar em vasculhar a cabine em busca de câmeras a cada vez que vão a um banheiro público, por exemplo. O ministro admitiu, em discurso, que o fenômeno aumentou – só em 2017 foram contabilizados 5.400 crimes relacionados ao molka – e prometeu que o governo fará uma emenda na legislação, já que apenas 7% dos condenados vão para a cadeia. “As penas por violar direitos autorais são mais severas do que as aplicadas a quem divulga molka”, disse a diretora da DSO, destacando que, embora as punições sejam de três a sete anos de prisão, muitas sentenças não são cumpridas.

No inicio de 2021, a cofundadora de um dos maiores sites de pornografia da Coreia do Sul foi condenada a quatro anos de prisão por um tribunal em Seul. Soranet Song hospedava, em seu site, milhares de vídeos ilegais, muitos filmados com câmeras escondidas instaladas em banheiros e vestiários de lojas, ou publicados por ex-parceiros por vingança. No ano passado, a questão gerou uma série de protestos na capital; manifestantes foram às ruas fazer um apelo ao governo para endurecer as penas contra pornografia ilegal. “Minha vida não é sua pornografia” foi o slogan usado em uma das manifestações, que, segundo as estimativas, foi a maior mobilização de mulheres na história recente do país.

Estudiosos afirmam que a perspectiva do público também deve mudar. Para começar, o nome “pornografia de vingança” deveria ser evitado, seguindo a tendência global de usar “imagens de abuso infantil” ou invés de “pornografia infantil”. Yun-Kim Jiyeong, professora do Instituto de Corpo & Cultura da Universidade Konkuk, afirma que o termo humilha as vítimas por conta da convenção social:

“Tais vídeos devem ser chamados de ‘vídeos ilegais de chantagem’. Eles não só acabam com a vida social de uma pessoa, mas também pode as levar a tomar medidas extremas, como o suicídio”, diz Yun-Kim. A professora também pede para que as vítimas fiquem calmas e evitem se culpar. “Quando tais vídeos vazam, algumas vítimas acreditam que perderam seu valor como mulher. Essa é a perspectiva masculina. São seus direitos humanos que são violados.” Yun-Kim ainda ressalta que a sociedade coreana deve abandonar os padrões que culpam as mulheres, mas não os que as filmaram.“Alguns homens acreditam que podem acabar com a vida de qualquer mulher. Nós precisamos mostrar que tais ações nunca serão toleradas nessa sociedade. Mesmo réus primários deveriam ser presos.” KOREAPOST. O CRESCENTE PROBLEMA DAS ‘SPY CAMS’ NA COREIA. Disponível em: https://www.koreapost.com.br/conheca-a-coreia/sociedade/o-crescente-problema-das-spy-cams-na-coreia/. Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Ciente desta triste situação, em paralelo,“Taxi Driver” traz a problemática de modo alarmante, sendo o caso retratado na trama sobre uma jovem que teve um vídeo sexual obtido sem seu conhecimento vazado e sem a esperança de que seja excluído ou o culpado seja encontrado, junto a enorme represália e a repercussão se tornando tão insuportável, que a única saída que ela encontra, é o suicidio. Seu único parente que resta, sua irmã, fica desolada e procura a Taxi Arco-Íris em busca de vingança e uma conclusão para seu luto e, talvez, o caso da irmã.

 É possível perceber que, de forma geral, as problemáticas hoje enfrentadas pela sociedade sul-coreana são, de fato, notórias e, às vezes, não tão condizente com a imagem passada pelos k-dramas de romances (como Goblin e Boys with Flowers), que estamos acostumados ao longo dos anos. Porém, não podemos tirar o mérito das produções dos romances de 2019 para os dias atuais e o gênero thriller Thriller ou Suspense é um gênero da literatura que tem como o principal elemento o suspense/tensão – que vêm mostrando-nos, misturando a realidade com drama, uma face “nova” aos nossos olhos da Coreia. O que não necessariamente é ruim. Apesar da dualidade, isso apenas retrata que a Coreia do Sul é um país que, a despeito de muitas dificuldades diárias, pode se revelar também como romântico, lindo e poético, fazendo dele tão atrativo quanto os dados apontam, o que os torna mais que compreensíveis.

Referências Bibliográficas

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k-drama não é exatamente uma novela… O que é? – NerdBunker . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

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Mouse: confira o teaser do novo drama coreano da tvN . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES | k-drama: Mouse . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

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Coreia do Sul descriminaliza o aborto no primeiro dia de 2021 . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Tribunal sul-coreano derruba lei antiaborto após 65 anos . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Coreia do Sul descriminaliza o aborto no 1º dia de 2021 . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Governo de Seul é criticado por guia sexista para grávidas – DW – 11/01/2021 . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Taxi Driver e Lee Je Hoon: um herói vingador direto dos quadrinhos . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

‘Taxi Driver’ atinge novas classificações de todos os tempos para o terceiro episódio consecutivo . Acesso em: 15 de novembro de 2021.

Derrubada de site pornô sul-coreano expõe “poder obscuro” do governo dos EUA . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Por que as mulheres da Coreia do Sul não querem ter filhos? . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Por que as mulheres do país com natalidade mais baixa do mundo não querem ter filhos? . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

T1 revela seu elenco para o Mundial 2021 . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

LoL: fora do Worlds 2020, T1 promove encontro de lendas da equipe . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Por que as produções asiáticas crescem na Netflix brasileira? . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

O fantástico e milionário mundo dos dramas sul-coreanos conquista público ocidental e ganha atenção do streaming – Heloisa Tolipan . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Sul-coreanas abrem guerra contra o “molka”, a pornografia de vingança . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Koreapost » O crescente problema das ‘spy cams’ na Coreia . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

Sul-coreanas abrem guerra contra o “molka”, a pornografia de vingança . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

O escândalo de pornografia ilegal com câmeras escondidas na Coreia do Sul . Acesso em: 19 de novembro de 2021.

O que é Thriller? [Gênero Literário]. Acesso em: 19 de novembro de 2021.

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