Curadoria de Coreia do Sul
Letícia Leite
A guerra da Coreia teve início com uma incursão pelo paralelo 38, fronteira entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, em uma ação de 75 mil soldados do lado Norte em junho de 1950. As tropas americanas apoiaram o Sul e entraram na guerra poucos meses depois de seu estopim e conseguiram repelir os avanços norte-coreanos, que recebiam o apoio da China e da União Soviética.
O impasse sangrento que se seguiu resultou em um armistício assinado entre os EUA e a Coreia do Norte em julho de 1953. Cerca de cinco milhões de soldados e civis perderam suas vidas no conflito.
Agora, em 2021, após 70 anos do início do conflito, Coreia do Sul e do Norte, China e Estados Unidos concordaram “em princípio” em declarar o fim formal da guerra da Coréia, conflito terminou em uma trégua instável. O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, admitiu que as negociações sobre a guerra estavam sendo impedidas por objeções norte-coreanas à atual “hostilidade dos EUA”.
O fim definitivo do conflito entre os países foi bandeira de campanha do presidente Moon, que lutou por isso durante seu mandato, que está chegando ao fim, mas pode ser encerrado com uma importante vitória caso as negociações avancem e se concretizem.
Moon tem adotado uma política externa estratégica, pragmática de articulação com a China, EUA, e retomada das relações com a Coreia do Norte. O presidente disse ainda acreditar que é importante acabar com o armistício instável que se perdura há quase sete décadas e acrescentou que uma declaração de paz pode melhorar as perspectivas de um avanço no programa de armas nucleares de Pyongyang, no qual vem investindo pesado. setores que não eram prioritários para o país, como a indústria militar e aeroespacial, passaram a ser. As declarações de Moon ocorreram durante uma coletiva de imprensa em Canberra junto com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison.
A Coreia do Norte, entretanto, indicou que não participará das negociações para encerrar o conflito enquanto os EUA mantiver uma postura hostil, referência à presença de 28.500 soldados americanos na Coreia do Sul e exercícios militares anuais EUA-Coreia do Sul, considerados ensaios para uma invasão.
O posicionamento da China foi transmitido pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, que informou que o diplomata chinês do alto escalão Yang Jiechi havia prometido o apoio de seu país “ao impulso para a declaração do fim da guerra”, citando diplomatas sul-coreanos em Pequim.
Confira matérias na integra sobre assunto em https://www.bbc.com/news/world-asia-59632727 e https://www.theguardian.com/world/2021/dec/13/north-south-korea-agree-in-principle-formal-end-war-us
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