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NOTÍCIA | BRICS pode ser o farol econômico mundial

Giovanna Martins Wanderley

Curadoria de Brics

Imagem: O Brasilianista

Embora o COVID-19 tenha atingido todo o mundo e a imunização global varie em seus estágios, alguns países já se voltam ao estudo de meios para sair da recessão decorrente da pandemia. Nesse cenário, a notícia em questão  sugere que o BRICS teria mais vantagem na recuperação econômica se a Índia e o Brasil se aliassem à China em vez de combatê-la.

A para afirmação acima repousa na complementaridade econômica dos países do BRICS. Brasil, Rússia, África do Sul e Índia possuem os recursos naturais de que a China necessita para manter seu poderio manufatureiro, enquanto o gigante asiático dispõe de capital, know-how e tecnologia para investir nos parceiros do grupo, a fim de possibilitar maiores condições de concorrência frente aos outros mercados. Sendo assim, investimentos e acordos comerciais seriam, portanto, a chave para recuperação pós-COVID, desde que os posicionamentos individuais dos representantes dos países não se sobressaiam aos interesses coletivos do grupo.

A coesão insuficiente não é uma exclusividade intra-BRICS. Situação semelhante se observou (e se observa) no MERCOSUL, quando algumas negociações coletivas se postergam por inflexibilidade de representantes políticos obstinados em cumprir programas partidários sob o argumento de defesa da soberania interna, em detrimento da agenda coletiva do bloco. É como se o Brasil não tivesse aprendido com suas experiências. Ou, no mínimo, um déjà-vu.

Em que pese a natureza do MERCOSUL (bloco econômico) não seja a mesma do BRICS (agrupamento político-diplomático), ambos os agrupamentos prezam pela integração e consenso entre os seus membros em prol do desenvolvimento de todos e o alcance de novos mercados além dos limites geográficos dos acordantes.  Assim, embora a ausência de um direito supranacional no MERCOSUL e no BRICS que garanta decisões definitivas e vinculantes por instituição distinta das partes possa trazer limitações, remanesce aos grupos citados a disposição de mecanismos próprios, preferencialmente diplomáticos, capazes de suavizar a permeabilidade dos países em assuntos sem posicionamento coletivo unânime.

Fonte: https://www.hellenicshippingnews.com/brics-could-be-the-worlds-economic-beacon/

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