Curadoria Matrizes Energéticas e Meio Ambiente
Tatiane Albuquerque
O presidente Xi Jinping ressalta os objetivos climáticos que a China tem enfatizado nos últimos anos, além do apelo para a construção de uma “comunidade da vida para o homem e a natureza” através da cooperação entre os países, a fim de promover a biodiversidade e a troca de novas energias, impulsionando a gestão climática global.
A política chinesa demonstra um posicionamento diferente em se tratando dos problemas complexos relacionados ao meio ambiente. O presidente Xi Jinping, em seu apelo ao mundo para a “construção de uma comunidade da vida para o homem e a natureza”, resume os seus objetivos para os próximos anos.
Com as crises provenientes da pandemia do COVID-19, o mundo espera um crescimento econômico reduzido, ao passo que as mudanças climáticas, desertificação e perda da biodiversidade crescem. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, essas crises relacionadas às mudanças climáticas irão piorar o cenário, causando mais danos não só ao meio ambiente, mas à saúde humana.
A China, em contrapartida, tem se dedicado à agenda global para assuntos do meio ambiente. Além do encontro entre o representante chinês, Xie Zhenhua, com o enviado americano, John Kerry, para tratarem das Mudanças Climáticas no dia 15 e 16 de abril em Xangai, Xi Jinping também participou da Cúpula no dia 16 do mesmo mês junto ao presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, a fim de discutirem assuntos relacionados à cooperação, eliminação dos gases do efeito estufa, e em especial da forma como tais ações seriam abordadas, ou seja, sem utilizá-los como uma moeda de troca da geopolítica, ou como alvo para atacar outros países, ou até mesmo como um motivo para impor barreiras comerciais.
Além disso, Xi também propôs o conceito de uma “comunidade da vida para o homem e a natureza” durante a conferência da Cúpula de Líderes sobre o Clima no dia 22 de abril. Com isso, ele instou que os países tivessem um compromisso maior em seis áreas específicas: harmonia entre o homem e a natureza, desenvolvimento verde, governança sistêmica, uma abordagem humanizada, multilateralismo e o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Essas áreas são baseadas em práticas bem-sucedidas da China, levando em consideração o seu posicionamento na governança climática global, e acabam cumprindo o papel de “solução chinesa” à crise ecológica global, como dito pelo diretor-geral do Centro Nacional para Estratégia de Mudança Climática e Cooperação Internacional, Xu Huaqing.
Para além dos esforços internos, a China também procura cooperar e engajar outros países nessa questão ambiental, visto que a sua gestão interna tem dado resultados, como a melhora da qualidade do ar em cidades grandes, por exemplo. E parte desses bons resultados está pautado na cooperação em novas energias e proteção ambiental, propondo construir uma Rota da Seda sustentável. Assim, a expectativa é que os países continuem dando preferência às novas políticas, inspirando iniciativas para um planeta mais verde.
Notícia na íntegra: https://www.chinadaily.com.cn/a/202105/10/WS60986727a31024ad0babccc7.html
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