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NOTÍCIA | Tensões com Austrália levam China a diversificar fornecedores de minério de ferro na África

(210130) -- FREETOWN, Jan. 30, 2021 (Xinhua) -- A ship is loaded with iron ore before heading to China at Pepel Port in Sierra Leone, Jan. 26, 2021. The first shipment of iron ore from Sierra Leone's New Tonkolili Iron Ore Project set sail for China from the country's Pepel Port on Friday.
The shipment was the first batch of products from Sierra Leone's New Tonkolili Iron Ore Project invested and operated by Kingho Investment Company Limited, a Chinese-owned private company.
Zhao Ting, Chief Executive Officer of the company, said the project, which started in September 2020, covers an area of 408 square kilometers with a resource capacity of 13.7 billion tons, adding that the project is equipped with a complete railway and port logistics transportation system.
The whole industrial chain of raw ore mining and processing, shipping and sales has been completed in the first phase of the project. The company will also start construction of a primary magnetite ore concentrator and an iron and steel industrial park for mining, dressing and smelting in the second and third phase of the project respectively, said Zhao.
"The project will not only inject impetus into the development of Sierra Leone's national mining and iron and steel industry, but also help the development of China's iron and steel industry and enhance the friendship between the two countries," Zhao said. (Kingho Investment Company Limited/Handout via Xinhua)

Curadoria Relações Sino-Africanas

A China vem avançando uma estratégia de diversificação de fornecedores de minério de ferro na África após o acirramento das tensões com a Austrália. O país da Oceania responde por 60% das importações dessa commodity que abastecem o mercado chinês.


No fim do último mês de março, um consórcio formado por três companhias chinesas – Metallurgical Corp of China, China International Water and Electric Corp e Hunan Heyday Solar Corp – assinou um memorando de entendimento com a empresa argelina de ferro e aço para a realização de estudos de viabilidade em uma área localizada no Oeste do território do país norte-africano.


Recentemente, outra empresa chinesa, a Sangha Mining, fechou dois acordos de mineração com a República do Congo, onde irá atuar com licenças retiradas em 2020 de mineradoras australianas. O investimento estimado é de cerca de R$ 60 bilhões. Os chineses também estão tocando um projeto de mineração em Serra Leoa chamado New Tonkolili, que entrou em operação recentemente.


A busca por diversificar fornecedores acontece “após posicionamentos do governo australiano interpretados pela China como hostis”, descreve a reportagem. Entre outros aspectos, as tensões com a Austrália escalaram ao longo dos últimos meses devido à pandemia da COVID- 19 e à competição global em torno da tecnologia 5G. O Brasil, aliás, também é um importante exportador de minério de ferro para os chineses. A commodity aparece, ao lado da soja e do petróleo, entre os três principais produtos brasileiros vendidos para o gigante asiático.


A parceria sino-africana na exploração de recursos naturais não é uma novidade. Nos anos 1990, diversas companhias chinesas de petróleo deram os primeiros passos no mercado internacional a partir de países como Angola e Sudão. A presença de capital chinês no continente tem sido importante não apenas para “destravar” o potencial produtivo ocioso, mas também para o desenvolvimento da infraestrutura dos países recipientes dos investimentos, haja vista a necessidade de construção de rodovias, dutos e modernização das estruturas portuárias.

Fonte:

https://br.sputniknews.com/asia_oceania/2021040617275555-em-meio-a-tensoes-com-australia-china-mira-na-africa-ao-procurar-fornecedores-de-minerio-de-ferro/

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